quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Universo





Retirei a máscara que protegia meu fronte.
Na imensidão, somente a escuridão avassaladora e o silêncio.
Não ouço sons; apenas sinto vibrações.
Nesse espaço de tempo, tento inspirar e meus pulmões não enchem. Isso, todavia, não me incomoda.
Meus braços e pernas estão estáticos, embora perceba estar girando em torno do meu próprio eixo.
Olho para cima e, no horizonte, observo um profundo azul esférico, que cintila tons pastéis e brancos.
Uma sensação de paz me invade. 
"Estou em casa".
Toca o despertador e acordo. 
Ainda estou cansado, todavia.
Até parece que voltei de viagem.

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