Desfrutando das minhas
férias, ontem assisti ao filme “Menino de Engenho”, dirigido por Walter Lima
Jr. e lançado em 1966, que se baseou no conhecido livro de mesmo nome
escrito pelo paraibano José Lins do Rego. O filme, assim como o livro, conta a
história do menino Carlinhos, que, após o assassinato de sua mãe pelo seu pai,
é levado para morar no engenho de seu avô materno, chamado de Santa Rosa, onde
começa a ser criado pelo avô e tios.
O pano de fundo do filme é
a Paraíba rural dos anos 1920, ilustrada no cotidiano de um engenho de açúcar,
com mostras das profundas mudanças por que passou a cultura canavieira da
região no período. A obra retrata um modelo de produção análogo ao feudal, onde
os ex-escravos e demais trabalhadores prestavam serviços a um “coronel” numa
relação de aparente harmonia e narra o conjunto das intrincadas relações
humanas entabuladas nesse quase Estado dentro de um engenho.
A qualidade das imagens
não é das melhores em função do tempo decorrido desde sua produção, o que não
prejudica a imersão naquele cenário tão paraibano e, simultaneamente, tão
acolhedor. O filme propõe um reencontro com nossas origens e um convite a
revisitar (ou conhecer) um passado não tão distante da cultura canavieira
nordestina. Recomendo.
Nota 8,0.
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